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Arquitetura desconstrutivista I

Mark Wigley

Do livro Deconstructivist Architecture. Nova Iorque: The Museum of Modern Art, 1988.
Tradução e edição de Silvio Colin

Arquitetura sempre foi uma instituição cultural central que tem sido avaliada principalmente por promover a ordem e estabilidade. Estas qualidades são geralmente um produto da pureza geométrica da composição formal. Continuar lendo

Arquitetura Desconstrutivista III

Mark Wigley

Do livro Deconstructivist Architecture. Nova Iorque: The Museum of Modern Art, 1988.

Tradução e edição de Silvio Colin

(Continuação)

Embora a arquitetura desconstrutivista ameace essa propriedade fundamental dos objetos arquitetônicos, não constitui uma vanguarda. Não é uma retórica do novo. Melhor dizer que que expõe o estranho escondido no tradicional. É um choque do antigo. Tira proveito da debilidade da tradição para altera-la, em vez de superá-la. Como a vanguarda Moderna, pretende ser inquietante, alienante.

City Edge. Berlim, 1987. Daniel Libeskind Continuar lendo

Para entender o Desconstrutivismo

Silvio Colin

Trecho de ensaio publicado na revista AU, nº. 181. Abril de 2009. P. 84-9.  Você pode ler o ensaio completo em http://www.revistaau.com.br/arquitetura-urbanismo/181/imprime131095.aspMuseum Guggenheim Bilbao. Imagem http://www.nbnnews.com

O pensamento do arquiteto tem sido formado por algumas estruturas das quais não se liberta a não ser mediante um grande esforço de “leitura atenta”, de trabalho desconstrutivo. E este trabalho se insere no mesmo projeto de desconstrução das tradições da cultura ocidental e partilha os mesmos interesses. O alvo primeiro da Desconstrução é o chamado logocentrismo, i. e. o privilégio dado à lógica e à razão, sobre outras formas de apreensão da realidade e busca da verdade. Interessa-nos no momento esclarecer este  tipo particular de logocentrismo, próprio da arquitetura:  conceitos estruturantes particulares do trabalho dos arquitetos, que cumprem a mesma função dos conceitos estruturantes do pensamento ocidental na literatura e filosofia e que são objetos da desconstrução dos escritores e filósofos pós estruturalistas, não mais nos textos, mas na elaboração de projetos (forma de “escritura” própria do arquiteto). Continuar lendo